
Animais
peçonhentos são os que apresentam veneno, que é inoculado
através de um aparato venenífero, que é conhecido
como peçonha. TODOS os filos apresentam espécies
portadoras de toxinas, que podem ser utilizadas
para a defesa ou para a alimentação, na subjugação de suas presas.
De Esponjas a Mamíferos, entre eles os animais aquáticos (marinhos
ou de água doce), os animais peçonhentos terrestres, como aranhas,
escorpiões, insetos e serpentes, são os mais conhecidos no Brasil.
A
Bahia concentra a maior riqueza de animais peçonhentos (serpentes,
aranhas e escorpiões) de importância médica do País. Em nosso
território contamos com as principais espécies de escorpião
(Tityus serrulatus e T. stigmurus), os 3 gêneros de
aranhas (Phoneutria - P. bahiensis e P. nigriventer, Loxosceles
- L. adelaida e L. amazonica e Latrodectus grupo
mactans) e os 7 gêneros de serpentes de interesse médico
(Bothrops - B. leucurus, B. jararaca, B. erythromelas, B.
lutzi, B. neuwiedi, B. pirajai e B. jararacussu; Bothriopsis
bilineatus, Crotalus durissus cascavella, Lachesis muta, Philodryas
olfersii, Boiruna maculata e Erythrolampus ausculapii).
Novas espécies estão sendo descritas e novas ocorrências apontadas
pelo nosso grupo de pesquisa, o que tem contribuído para modificar
o perfil nacional de agentes etiológicos responsáveis pelos
acidentes em nosso Estado, bem como produção e distribuição
de soros anti-peçonhentos.
A
realização de um Evento abordando o estudo dos animais peçonhentos
na Bahia, com uma retrospectiva histórica, discutindo os atuais
estudos e as perspectivas, é de extrema importância para esta
região, por questões de saúde pública e por ser uma ferramenta
necessária para a conservação dos remanescentes de áreas naturais,
ameaçados pela crescente ação antrópica, resultado de políticas
e planos de gestão pública mal elaborados.
Assim
é que se propõe a realização do Workshop "Animais Peçonhentos
da Bahia: O Passado, os Estudos Atuais e as Perspectivas",
em comemoração aos 22 anos do NOAP/UFBA. Este Evento representará
um conjunto de ações de divulgação do conhecimento sobre animais
peçonhentos, que contará com a participação de conferencistas
da Bahia e outros Estados do Brasil, nomeadamente, pesquisadores
que fizeram parte da história do NOAP/UFBA, nestes 22 anos de
existência. |
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